A importância do brincar

Enquanto psicóloga, sempre fui uma apaixonada por crianças e pelo brincar, pelas verdades que trazem e pela ressignificação de situações que elas possibilitam, já que os conteúdos expressos têm relação com as histórias das crianças. Minha filha, com 2 anos e 4 meses, está começando a dar vida e sentimentos aos objetos e a gerar estórias, ainda curtas. Um boneco, recém-ganhado, é colocado no colo, acarinhado e é questionado: o que foi, Maio? (este é o nome do boneco). Há uma preocupação com o bem estar do boneco e em cuidá-lo.

Já que esta é a semana do brincar, achamos importante abordar este tema.

Autores definem a brincadeira é como uma atividade livre, espontânea, que não pode ser delimitada e que, embora não possua um objetivo próprio, possui um fim em si mesmo. O brincar serve como uma válvula de escape para as emoções. Além do prazer que pode trazer, pode servir para exprimir a agressividade, para exteriorizar medos e angústias, para aumentar as experiências e para estabelecer contatos sociais. Por isso mesmo ele contribui para o desenvolvimento individual e social da criança.

Vygotsky (1991) afirma ainda que as regras do faz de conta conduzem o comportamento das crianças - por exemplo, uma criança que brinca de ser a mamãe com suas bonecas assume comportamentos e posturas pré-estabelecidas pelo seu conhecimento de figura materna. Mesmo que as brincadeiras mudem – e mudam conforme a idade - sempre estarão presentes nelas as regras e o faz de conta e estas são relacionadas à realidade social na qual a criança está inserida. Isto é, a criança vai refletir, no brincar, aquilo que está vivendo interna ou externamente.

E você, tem brincado com seu filho? O que ele tem expressado através do brincar? Compartilhe com a gente sua  vivência com seu filho e o brincar.