Como se ensina solidariedade?
Post publicado no Mamãe Neura no dia 25 de junho de 2013
Em função da festa junina do colégio da minha filha e a necessidade dela ir vestida de prenda, tentei adquirir um vestido usado - comprado ou doado, da mesma forma que disponibilizei o dela do ano anterior. Uma amiga com duas filhas, uma delas de 05 anos e outra de 09 meses, disse que poderia emprestar desde que devolvesse, pois queria que a filha menor usasse. Sem problemas. O que aconteceu foi que na hora de concretizar o empréstimo, a mais velha chorou muito e disse não querer emprestar o vestido, mesmo sem caber mais nele. Minha amiga ficou chateada, mas me comunicou a impossibilidade do empréstimo em função disso, afirmando ser uma fase e que eu também passarei por isso.
Em função da festa junina do colégio da minha filha e a necessidade dela ir vestida de prenda, tentei adquirir um vestido usado - comprado ou doado, da mesma forma que disponibilizei o dela do ano anterior. Uma amiga com duas filhas, uma delas de 05 anos e outra de 09 meses, disse que poderia emprestar desde que devolvesse, pois queria que a filha menor usasse. Sem problemas. O que aconteceu foi que na hora de concretizar o empréstimo, a mais velha chorou muito e disse não querer emprestar o vestido, mesmo sem caber mais nele. Minha amiga ficou chateada, mas me comunicou a impossibilidade do empréstimo em função disso, afirmando ser uma fase e que eu também passarei por isso.
Será que minha
filha realmente passará por essa fase? Tomara que não! Tento criá-la repassando
valores que considero importante e acho que até então tenho conseguido. Sei que
hoje, volta e meia, ela pega um brinquedo e afirma: é “memeu”, sendo seu ou
não, mas demonstrando que quer/está brincando com ele. Sei também, e confirmei
isso na escola, que ela não tem problemas para emprestar seus brinquedos quando
não está brincando, e não permite que outras crianças venham retirar de sua mão
qualquer brinquedo que esteja utilizando, sendo dela ou não. Nesse caso, ela
olha para o adulto exigindo uma intervenção para resolução do conflito - vivi
isso em uma sala de espera de médico, quando outra criança tentou retirar um
telefone de brinquedo de sua mão. Me parece estar se tornando uma criança justa
e solidária.
Solidariedade é um valor que se
aprende, como tudo. Só que não se ensina exigindo que ele aconteça, e sim
através de exemplos. Atitudes permeadas por respeito, ajuda, cooperação e
participação dentro de casa podem auxiliar a criança a compreender a importância
da solidariedade nas relações humanas. É um desafio diário, pois como elas nos
imitam, exigem que sejamos coerentes com nossas atitudes e falas e, quando não
somos, nos mostram exatamente onde estão nossas incoerências. Uma oportunidade
e tanto para buscarmos ser melhores e tornar nossos filhos melhores que nós,
inclusive.
Também a
escola pode auxiliar no desenvolvimento da solidariedade, desde que ofereça
educadores sensíveis e afetivos que primem pela ética e o cuidado do que é vivo
e que oportunizem espaços para que as crianças expressem sentimentos,
preocupações, perguntas. Dessa forma, elas aprenderão a conviver com os outros.
Você busca ensinar
solidariedade e outros valores ao seu filho? De que forma faz isso?